Leve-me ao seu líder!

A Assembleia Horizontal e Popular não tem representantes. A imprensa tem insistido em falar com "representantes" e em criar rostos e lideranças para a APH. A estratégia padrão de identificar (ou inventar) lideranças, cooptá-las e difamá-las para dividir movimentos sociais é a mesma na grande imprensa e nos órgãos de segurança pública, e temos visto isto acontecer por todo o país há décadas. A crítica a grande mídia corporativa não pode no entanto se confundir com uma crítica aos trabalhadores da mídia, aos jornalistas, câmeras e fotógrafos que, em alguns casos, estiveram conosco nas ruas, sofrendo a mesma violenta repressão estatal que nós. São, afinal, trabalhadores, e como todos nós recebem ordens de patrões com os quais nem sempre concordam.

A Sala de Imprensa da APH é nossa tentativa de lidar com isso de uma forma que seja coerente com a transparência radical e a horizontalidade que propomos.

Como usar?

  • Importante: APH não dá entrevista exclusiva. Todas as perguntas e respostas estarão aqui disponíveis a todas as pessoas interessadas.
  • Antes de tudo veja o que já produzimos. Dê uma volta por esta wiki, veja nossa agenda de atividades, leia os artigos e depoimentos, as referências, veja os vídeos imperdíveis e, sobretudo, acompanhe as atas dos GTs. Várias das suas perguntas podem já estar respondidas.
  • Você pode se ajudar muito dando uma passada no faça-você-mesmo e aprendendo a usar uma wiki.
  • Para enviar perguntas você deve clicar no botão "editar" e então "adicionar ao final". Este botão vai abrir uma caixa de edição logo abaixo, onde você vai poder incluir suas perguntas. Siga o modelo do exemplo, inclua quantas perguntas quiser e aguarde a multidão responder.
  • Convidamos vocês a fazer um perfil aqui na wiki! Se você fizer um perfil vai ficar mais fácil para acompanhar as mudanças, comparar edições, e até mesmo receber suas respostas por email. :)
  • A esta altura imagino que você já saiba o que é uma wiki, né? Seria uma vergonha vir aqui sem fazer esta pesquisa básica. Mesmo assim, não custa lembrar que a wiki, como a própria APH, está em construção. Se você quer realmente entender o que está acontecendo e não apenas produzir mais uma matéria sensacionalista e sem profundidade, fique atento aqui: as respostas às suas perguntas podem mudar. Mas não se desespere, todas as versões possíveis de respostas que você receber aqui estarão salvas no "histórico" (aquele outro botãozinho no topo) e você pode inclusive comparar as versões com um clique. (:
  • Para manter a formatação de maneira simples você pode copiar o modelo abaixo e colar na caixa de edição que vai abrir quando você clicar em "editar" e então "adicionar ao final".

modelo:
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**Veículo Imprensa:**
**Data:**
**Nome:**

**Pergunta:**
**Resposta:**

exemplo:


Veículo Imprensa: Estadinho
Data: 01 de abril de 2013
Nome: Omar Motta

Pergunta: Afinal de contas, quem manda nesse movimento?
Resposta: Todo mundo, junto e embolado. :)

Sala de Imprensa

Veículo Imprensa: Université Catholique de Louvain (Bélgica)
Data:30 de julho de 2013 e 13 de outubro 2013 novamente (equipe de comunicação, cadê você? Tentem dar respostas na sala de imprensa, pf ;-) )
Nome: Myriam Ghilain

Pergunta: Como nasceu e se concretizou a idéia da primeira APH em BH ? (e em outras cidades?)
Resposta:

Veículo Imprensa: Diário de Minas
Data: 19 de agosto de 2013
Nome: Marcela Martins

*Oi gente! A matéria vai fazer uma retrospectiva do movimento, e falar sobre o que ainda está acontecendo. Então, seguem as perguntas:*

Pergunta: Vim aqui porque sei que não há um líder que responda pelo movimento sozinho. Então, como funciona essa horizontalidade? Como vocês decidem como serão as ações? É por votação? Há reuniões específicas para debates e outras para tomadas de decisões?
Resposta (Ninha):
Não, não há mesmo um líder, nem mesmo representantes oficiais, e é muito saudável a sua postura de aceitar isso e buscar entender melhor o processo. Vou tentar explicar, e que outros possam completar melhor:
A ideia básica da horizontalidade que tanto pregamos é a construção coletiva de maneira não hierarquizada. O que pode acontecer em determinados momentos é a tomada de responsabilidade de um grupo por determinada atividade, a partir de critérios relevantes ao momento, ou uma divisão em funções ou espaços para otimizar a nossa organização. Mas é importante frisar que esse processo ocorre de forma aberta e flexível: não há cargos rigidamente definidos e qualquer um pode participar de qualquer espaço de construção.
Os debates e decisões acontecem principalmente nas sessões da APH e nos encontros dos grupos temáticos e comissões. A metodologia desses reuniões é algo que está em constante construção coletiva, e isso é o mais importante de se entender: aprimoramos os métodos para debate e deliberação no decorrer da experiência prática, buscando sempre aumentar a eficácia do processo, a horizontalidade do movimento, dentre outros aspectos. Na página "GTs" há um fluxograma que simplifica a forma de organização consolidada até agora (e abaixo dele, as páginas de cada grupo de trabalho temático, vale a pena conferir).
Quanto à forma como as decisões são tomadas, é importante frisar que a votação é um método comum, contudo temos tentando, cada vez mais, chegar ao consenso. Se há um grupo que defende uma proposta A, e outro que defende a proposta B, melhor do que escolher uma baseado na maioria (o que tem-se provado algo bem falho no processo democrático, sobretudo quando pensamos nos direitos das chamadas "minorias) é encontrar uma alternativa C que contemple ao máximo os interesses/objetivos dos dois grupos, né?
Na página Princípios da APH você encontra alguns norteadores da Assembleia Popular Horizontal :)

Pergunta: Quando começaram as manifestações em São Paulo, vocês tinham ideia da proporção que isso tomaria?

Pergunta: De todas as ações que já aconteceram, tem alguma que podemos considerar mais marcante para a história do movimento?

Pergunta: Foi satisfatório o resultado alcançado depois da fase mais intensa (ou pelo menos, que teve mais visibilidade) do movimento?
Resposta (Ninha): Acredito que falar em resultado é algo ainda relativo, pois estamos em um processo que ainda não acabou e tem muito o que render. Agora, posso dizer que houveram conquistas concretas importantes: a redução do preço da passagem de ônibus após a primeira ocupação da Câmara, as audiências públicas (acerca do transporte público e da prestação de contas e plano de metas da Prefeitura) garantidas pela segunda ocupação, a audiência conquistada pelos sindicatos e Assembleia Popular do Barreiro para tratar do metrô e do hospital da região, o atendimento de mais de sete ocupações urbanas após a ocupação da Prefeitura (e para essa eu gostaria de dar destaque, dentre outros motivos, pois foi provavelmente a que recebeu pior tratamento do poder público e a que conquistou reuniões que há anos não eram realizadas para discutir a questão habitacional dessa população). Todas essas conquistas não representam resultados finais satisfatórios, muito ainda há que ser feito, mas acredito que são passos importantes para obtermos grandes vitórias pra as demandas populares.
Contudo, acredito que os resultados mais satisfatório das ações recentes foram:
1- o fortalecimento das lutas populares, tanto no que diz respeito à uma maior articulação coletiva, como também ao aumento de pessoas interessadas em aderir e participar dessa construção.
2- uma espécie de "abertura dos olhos", ainda que tímida, de uma parcela na população que até então não se interessava, acompanhava ou sequer tinha notícia de determinadas realidades sociais e das políticas públicas em Belo Horizonte e no próprio país como um todo. Em outros termos, houve um certo despertar de postura cidadã (uma frase que não acho bem escolhida, mas passa a mensagem de forma bem simples), tornando parte da população mais atenta ao que acontece ao nosso redor, o que é, em certo nível, importante.

Pergunta: Manifestações com menos pessoas, como a ocupação da câmara, também conseguem pressionar o poder público?
Resposta (Ninha):
Sim. O que vemos na prática, pelo menos ao meu ver, é que mais importante que um grupo numeroso é um grupo organizado. Em outras palavras, é claro que um grande número de pessoas é um fator relevante para o sucesso de uma ação, pois tem, a princípio, maiores chances de dar visibilidade para suas demandas. Mas isso não garante sucesso: mais importante que a quantidade é que haja uma certa coesão e organização das pessoas envolvidas, somado à disposição e compromisso. Ou seja, uma manifestação com menos pessoas pode ser muito eficaz, e temos diversos casos que provam isso - como a própria ocupação da Câmara - desde que os envolvidos estejam de fato comprometidos e engajados no objetivo da manifestação.

Pergunta: Manifestações enormes como as que aconteceram no mês passado não estão ocorrendo mais, porém várias ações continuam sendo desenvolvidas. Quais são elas? Qualquer pessoa pode participar?
Resposta (Ninha):
Várias ações ainda acontecem, sim, e é bom lembrar, já aconteciam antes: diversos movimentos sociais tem um histórico de luta, de construção e de ação na cidade e no país como um todo, não é?
Agora, o que pode ser percebido é que as manifestações de julho, por uma razão ou por outra, favoreceram a união de vários grupos já existentes, bem como do surgimento de novas articulações. Além disso, os recentes acontecimentos políticos no Brasil e em Belo Horizonte atraiu novas pessoas dispostas a construir propostas coletivas de mudança, ou pelo menos se informar melhor e participar mais ativamente das discussões políticas.
Nesse sentido, a APH foi um dos espaços que surgiu desse contexto, e qualquer um pode participar dela, justamente por seu caráter aberto e horizontal (procurando aqui na Wiki você encontra mais sobre isso). Algumas ações foram puxadas pela Assembleia Popular Horizontal, e outras continuam surgindo, como o projeto de Tarifa Zero elaborado a partir do GT de Mobilidade Urbana.

Pergunta: Quais serão as próximas ações do movimento? Há uma agenda oficial que possa ser acompanhada?
Resposta (Ninha): Há, na lateral do menu da Wiki, a "Agenda" , onde são inseridos diversos eventos relacionados com a APH. Por exemplo, foi deliberado para a sexta-feira agora um apoio aos professores que estão manifestando há dias no Palácio das Mangabeiras.
Acompanhar essa Wiki, a página no Facebook e, sobretudo, as sessões da Assembleia são formas simples de se manter informado sobre essas ações. Lembrando, ainda, que há diversos outros movimentos que promovem ações importantes na cidade.

Veículo Imprensa: Departamento de Comunicação Social da UFMG
Data: 09/09/2013
Nome: Izabella Loutença - aluna de comunicação social na ufmg

Pergunta:Qual o papel da comissão de comunicação da APH? Como a comissão de comunicação encarou o diálogo entre imprensa e movimento?
Resposta:

Pergunta: Qual o papel no diálogo entre a população “em casa” e organizada na APH?
Resposta:

Pergunta: Quais ferramentas a comissão utilizou para mobilizar a população?
Resposta:

Pergunta: Através das redes sociais ou outros meios, cidadãos comuns procuravam a APH? Por quais motivos?
Resposta:

Pergunta: Quais os maiores desafios da comissão? Entendendo a importância desse mecanismo, é um trabalho gratificante?
Resposta:

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